Procurar ajuda implica sempre dar um passo de verdadeira coragem.
O trabalho desenvolvido na área clínica começa pela partilha num ambiente onde se sente segura/o e acolhida/o, dando a conhecer os contornos do problema que levou ao pedido de ajuda, aspectos da história de vida que pensa serem relevantes e uma contextualização do seu estilo de vida actual.
A partir daí, embora nem sempre a pessoa esteja consciente do que gostaria de alcançar com o processo terapêutico, podemos começar a desenvolver parte dos objectivos para os quais passamos desde logo a trabalhar. Alguns marcos do processo (independentemente do problema em questão), são a clarificação dos objectivos terapêuticos e identificação de sintomas específicos, ou seja, padrões de pensamento-emoção-comportamento envolvidos. Depois de saber os contornos do problema e reflectir sobre o modo como estão a impactar o seu dia a dia, segue-se a fase onde irá aprender práticas alternativas que vão mais ao encontro de uma vida
onde o centro não são as feridas do passado e do presente ou os sintomas de uma determinada patologia, mas sim tudo o resto que cada um de nós é para além dos problemas que possamos experimentar a um dado momento do nosso caminho. O sentido destas práticas está a integração da pessoa humana com todas as suas facetas e dimensões, sendo que na base das ferramentas utilizadas está a terapia cognitivo-comportamental, práticas da Higiene do Sono, Mindfulness, Coragem, Empatia, Auto-compaixão e a Actividade Física adequada entre outras.